[FP] Brittany L. Quinzel

nome . brittany laurel frances-quinzel
apelidos . laurel
idade . 21 anos
photoplayer . erin heatherton
raça . turyan
classe . guerreira
item mágico .

O rosto angelical de Brittany engana até os mais vis e cruéis militares existentes. Seus cabelos loiros perfeitos e seus claros olhos azulados a remetem imagens angelicais e santas, dando à mulher todo o ar de bondade, ainda mais quando ela mostra seu sorriso gentil e doce que para muito soa quase infantil e inocente. No entanto, sua imagem de bondade e pureza é quebrada pelas longas e belíssimas asas negras incrustadas à suas costas. É uma mulher alta e esguia, apesar de ter um porte físico perfeito para a sua classe. Seu sorriso na maior parte do tempo é algo falso e perfeitamente enganado, porém, em certos momentos consegue mostrá-lo realmente. Seus olhos, por outro lado, esbanjam rancor e frieza à quem os fitam. A capa angelical que lhe é vestida sempre some quando poucos ousam fitar seus adoráveis, chamativos e cruéis olhos.

Caratér? Talvez ela não possua um. Não é dona de escrúpulos e não honra com nenhuma promessa feita, somente caso achem seu "ponto fraco", neste caso Brittany se torna bastante fiel à sua palavra. É uma pessoa de bom humor, o qual muitas vezes é visto com temor pelos outros, já que piadas e comentários engraçados normalmente são um padrão dela antes de um assassinato ou algo similar. Um poço de arrogância e sarcasmo, Brittany não se importa nem um pouco com quem se dirige ao usar de tais "qualidades" quando fala, sendo um superior à ela ou não todos são alvos de sua total ignorância e ironia. Muito teimosa e persistente, a Turyan não desiste tão facilmente de um inimigo ou alvo até que o veja morto e esquartejado no chão. Odeia ser ignorada ou deixada para falar sozinha, coisas que lhe fazem perder o bom humor de sempre e a transformam numa verdadeira guerreira de Dimitri. É uma mulher sedutora, coisa a qual não é tão difícil de ser pela aparência a qual possuí, e usa deste pequeno artifício para conseguir o que deseja. Além de tudo é uma pessoa complexa e misteriosa, este fato devido à um "personagem" em especial de sua história.

Risnorth, Gehenna
2 de janeiros de 1692

Havia sangue por todo o chão arenoso da arena. Pedaços de corpos, armamentos e armaduras estavam espalhados pelos mais diversos cantos como avisos aos demais sobre o que estava por vir. Ela sabia o que aconteceria naquele momento, mesmo tendo aquela idade; sendo uma criança, a pequena sabia exatamente o que esperar quando os grandes portões de madeiras se abrissem. Os pelos de seus braços arrepiaram-se quando uma brisa fria bateu em sua nuca descoberta. Seus olhos, no entanto, permaneceram fixos ao portão à frente enquanto suas mãos seguravam com firmeza a espada enorme que carregava, a qual parecia um tanto desproporcional ao tamanho da pequena turyan de sete anos de idade. Ela estava atenta à movimentos aos seu redor, porém, o movimento que viu de soslaio não fora o bastante para fazê-la despregar a atenção do que a aguardava; ela sabia o que aquele vulto era, e não era um bom momento para ele "surgir".

▬ Você vai morrer! ▬ Disse o vulto com sua voz cortante e gélida e com aquela risada que causaria medo até aos mais valentes guerreiros humanos.

A sombra negra caminhava com suas pernas translúcidas e enevoadas por uma fumaça negra. Ele possuía feições humanas, porém seus olhos escuros como o resto de si eram profundamente ruins; uma zona de maldade interminável. O ser não possuía nome, ele denominava-se apenas como Ele, e por assim se denominar, assim ela o chamava. Desde pequena ela o via, ele a perseguia, dizendo à ela coisas sobre as pessoas e a amedrontando cada dia mais. Apenas ela conseguia o ver, aparentemente.

O ranger dos portões a fizeram forçar ainda mais o cabo da espada que manejava, deixando os nós de seus dedos esbranquiçados com a pressão. Ele sumiu em sua nuvem de fumaça escura, deixando sua risada no ar repercutir várias vezes como um bardo bêbado em uma taverna. As grandes portas abriam-se lentamente, ou talvez sua ansiedade a visse assistir aquela cena comum como algo em câmera lenta. À sua mente as palavras duras de seu pai vinham e iam diversas vezes, a lembrando somente que deveria passar logo por aquilo e que aquele "teste" mostraria à todos de sua cruel família que ela não era uma Descartável, ou seja, uma parente sem um futuro promissor que poderia ser facilmente morta ou jogada em qualquer canto; abandonada. Ela provaria à todos que poderia – e seria – a melhor dentre todos que eles já conheceram ou que viriam a conhecer.

Roth'sia, Gehenna
21 de março de 1706

A taverna estava cheia de bêbados alados que tentavam afogar suas mágoas por um meio tão inútil quanto era aquele. Ela não conseguia acreditar que fora encaminhada para aquela região. Era uma missão inútil aos olhos da loira, e sem um fundamento que ela pudesse entender. Ela realmente não queria ter ido para lá, porém deveria fazer o que lhe fora mandado, certo? Certo, pelo menos era o que era se esperado responder. Dois outros guerreiros a acompanhavam, ambos carregando lanças pontiagudas e mortais, vestidos com a armadura similar a delas, a qual deixava de fora suas asas negras. A mulher trazia em sua cabeça um elmo, o qual fora retirado assim que colocou um pé dentro do fedido lugar. Olhos temerosos e hostis fitaram aqueles que acabaram de adentrar a taverna, alguns turyans tomaram rápido um gole da bebida que ainda estava em seus copos e saíam da maneira mais desajeitada e rápida que encontraram; nenhum que fugira era um alvo relevante para ela ou para a missão lhe dada.

▬ Ali. ▬ A voz firme do guarda ao lado dela lhe orientou enquanto o guerreiro apontava na direção de um homem sentado em uma mesa coberto pelo capuz de um manto.

Os passos leves e calmos da mulher foram direcionados à ele, onde sentou-se a frente do homem. Seu elmo fora posto sob mesa enquanto ela o fitava de forma vaga. O homem retirou de dentro do manto uma carta com um selo de uma família nobre de Fargorn. Um dos guardas que acompanhavam Laurel (como costumavam a chamar, ao invés de Brittany) colocou sobre a mesa uma pequena bolsinha marrom com moedas de ouro dentro. Ela deveria apenas pegar a carta, levantar-se e ir embora, como fora lhe dito para fazer, no entanto, ela permaneceu sentado, ação que confundiu tanto os que a acompanhavam quanto o "informante" à sua frente, cujo ergueu os olhos escuros e duvidosos na direção dela.

Sombras e fumaça negra rondaram o homem como uma serpente estraçalhado sua vítima, mas nem ele e nem qualquer outra pessoa parecia notá-las. Pergunte, pergunte, pergunte!, sussurrou aquela tão conhecida e cruel voz.

▬ Diga-me… ▬ Começou ela a falar, com sua doce e calma voz enquanto arranhava a mesa de madeira com a suas unhas distraidamente. ▬ … como conseguiu passar por nossa segurança?

Os olhos do homem se arregalaram com espanto. Ele não esperava aquela pergunta; não esperava que alguém notasse a ilusão jogada sobre suas asas que na verdade eram brancas, não eram para notar aquilo. Ele levantou-se as pressas, passando pelos bêbados em seu caminho e correndo em direção à janela, no entanto não teve tempo para se ver livre, já que no segundo seguinte uma espada atravessava-lhe a asas prendendo-o contra a parede da taverna. Ele se debateu, tento fugir, mas não adiantou. Uma lança perfurou-lhe a outra asas no mesmo segundo que a outra traspassava-lhe o joelho, espirrando sangue pelo chão e manchando suas vestes. O Wäzury gritava agonizantemente contorcendo-se como uma minhoca de um lado para o outro.

▬ Ninguém engana um Turyan e sai impune! ▬ Disse a loira retirando sua espada da asa do homem e cravando-a nas costas dele, até atravessarem por completo seu tronco. O falso informante engasgou com o sangue que saíra pela sua boca antes de morrer.

A loira tirou sua espada do corpo do defunto e a limpou nas vestes do próprio antes de coloca-la novamente na bainha devida que encontrava-se em sua cintura. Pegou o seu elmo e o colocou sobre a cabeça novamente, gestuando para os guerreiros antes de sair daquela taverna nojenta e fedida. Odiava fazer esses serviços ridículos, principalmente quando não saia como o esperado...