[RP] Forbidden Meeting (+18)

Estava cada vez mais difícil deixar que meus sentimentos por James ficassem em segredo. E mais difícil ainda continuar o encontrando ás escondidas. Por um triz consegui despistar Harry hoje, que por algum motivo absurdo estava persuadido a me acompanhar aonde quer que eu fosse.
E esses episódios eram cada vez mais frequentes, pois eu não aguentava não vê-lo. Meus desejos mais secretos conflitavam com minha consciência a cada vez que eu sabia que encontraria James. Era um infortúnio tremendo não poder tê-lo às vistas de todos, mas se estar escondidos era a única maneira de passar um tempo de qualidade com ele, eu me apegaria a todas as oportunidades possíveis. Como a que me foi apresentada hoje.
Não sei como ele conseguia, mas hoje cedo recebi um recado seu pedindo que o encontrasse na Taverna dos Cornwell, logo meu coração, assim como todo meu corpo se agitou com a expectativa de encontrá-lo. Como fazia com frequência, sai para caminhar no jardim, porém hoje levei uma capa comigo. Harry achou estranho o fato de eu querer caminhar naquele frio, mas graças ao inverno a capa não foi motivo para questionamentos, assim como o impediu de me acompanhar.
Depois de dar algumas voltas para disfarçar meu real objetivo, coloquei a capa e aos poucos fui me afastando até deixar os limites de nossa propriedade. Usei a capa para manter a discrição e assim cheguei a Taverna.
Logo que cheguei, antes que eu pudesse perguntar, recebi instruções de uma senhora no balcão, que me foi extremamente gentil ao dizer que encontraria quem procurava no quarto número três. Ele sempre cuidava de tudo meticulosamente. Ao subir as escadas meu coração palpitava tão fortemente que eu tinha a impressão de poder ouví-lo. Não bati no quarto, apenas empurrei a porta e fui recebida com uma lufada de ar quente... muito bem-vindo naquele frio.
Olhei para ele com certo deleite, ele estava sentado na cama com o colete posto de lado e já sem os sapatos. Desamarrei a capa sem tirar os olhos dele, pensando em quanto eu sentira sua falta ultimamente. Coloquei a capa junto com seu colete e me coloquei à sua frente. - James. - Disse quase como em um suspiro e coloquei uma mão em seu rosto, que estava quente. A sensação era tão boa que eu quase não conseguia segurar a vontade de tocá-lo mais ainda.
Eu sabia que estava prometida ao seu irmão, e que provavelmente isto era errado, mas quem pode controlar o que sente? Na minha mente, um turbilhão de pensamentos me atormentavam, mas o maior deles era o pensamento de que hoje seria um dia decisiva para nós dois.

Parecia um sonho estar na companhia dele outra vez. Só realmente acreditei que era real porque nenhum sonho, por mais perfeito que fosse conseguiria reproduzir a voz dele com tanta exatidão ou que pudesse fazer seu toque me acender com tal destreza.
Foram dois anos de espera e tê-lo ao alcance das mãos me fazia tremer. Eu não mais poderia deixá-lo. Não aguentaria. Ele estava mais perfeito desde a derradeira vez que o vi, com o rosto mais másculo... uma expressão mais madura.
Até mesmo a forma com que suas mãos se apossaram de minha cintura ao me colocar em seu colo era outra, mais voraz, cheias de urgência. Coisa que não acontecera no passado, onde seus modos foram sempre tão polidos que seria inconcebível de sua parte colocar as mãos em mim com tanta voracidade. Porém, eu estava gostando desse novo James.
Ao mesmo tempo que eu ainda conseguia ver certa veneração de sua parte por mim eu conseguia ver um desejo pungente. Ao mesmo tempo que suas mãos me acariciavam com ternura ele conseguia passar a necessidade que sentia de mais de mim. E pela primeira vez ele não parecia estar com medo que eu quebrasse ao me tocar.
Eu costumava apreciar todo seu cavalheirismo, mas a distância me fez ansiar com todas as minhas forças poder tocá-lo uma vez mais, poder usufruir de tudo o que ele pudesse me oferecer. E me valendo de tais sentimentos, me deixei levar, beijei-o com ardor e entrelacei meus dedos em seus cabelos, escorregando-os até sua nuca e o puxei para mim com necessidade.
Me deliciei com seus lábios ainda em contato com os meus dizendo que sentira minha falta. Suspirei em êxtase. - Eu senti mais. - E o calei uma vez mais com outro beijo. Deixei que minhas mãos percorressem seus ombros e fossem para suas costas, apreciando sua musculatura forte e definida. Passei-as novamente por seus braços até alcançar suas mãos.
Me detive por um momento e então beijei uma delas com certa lentidão, olhando-o nos olhos... deixando que ele pudesse ver o quanto eu o queria. - Eu quero sentir você. - Disse enquanto depositava beijos castos em suas mãos. E logo as conduzi para o meu corpo. Tão próximos como estávamos não era dificil que ele logo as colocasse em mim. E assim as depositei sobre o decote do corpete que estava usando, sob o coração, para que sentisse como saltitava irregular. - É o que você causa em mim. - Minha respiração estava irregular e minha consciencia ainda gritava para mim, pois eu sabia que era um caminho sem volta. No entanto eu estava disposta a trilhá-lo.